“Eu não vejo um clima pesado em você transferir, mudar as embaixadas de Israel, não vejo nenhum problema”, disse Bolsonaro durante uma entrevista coletiva no Rio de Janeiro.
Mais cedo, o presidente eleito utilizou o Twitter para reafirmar sua promessa de mudar a embaixada de local.
“Como afirmado durante a campanha, pretendemos transferir a embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém. Israel é um Estado soberano e nós o respeitamos”, afirmou Bolsonaro no tuíte.
“Não é nenhuma questão de vida ou morte, temos todo respeito com Israel, com o povo árabe, aqui num país onde todos convivem pacificamente, nós não queremos criar problemas com ninguém”, disse o presidente eleito a jornalistas na tarde desta quinta-feira.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, elogiou a decisão de Bolsonaro. “Louvo o meu amigo, o futuro presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, por sua intenção de transferir a embaixada do Brasil para Jerusalém. Este é um passo histórico, correto e empolgante”, disse.
Ao longo da campanha eleitoral, Bolsonaro falou diversas vezes sobre a possibilidade da mudança de local e demonstrou seu entusiasmo por Israel.
Na segunda-feira após o segundo turno, o capitão da reserva disse que recebeu cumprimentos de Netanyahu, por sua vitória e afirmou esperar que Brasil e Israel trabalhem juntos em acordos que beneficiem que os dois países.
Caso a mudança de embaixada se concretize, Bolsonaro estará seguindo uma medida adotada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de quem é admirador.
Em dezembro, os Estados Unidos transferiram sua embaixada de Tel Aviv para Jerusalém, um ato de reconhecimento de Jerusalém como capital israelense.
O ato de Trump e a promessa de Bolsonaro desagradam países árabes e a Autoridade Palestina, que reivindica o lado oriental de Jerusalém como a capital de um futuro Estado palestino.
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